Pesquisar
Close this search box.

Blog

Os efeitos da solidão na saúde

A solidão na terceira idade é uma preocupação que precisa ser considerada por todos que são idosos e por quem têm algum parente ou amigo em idade avançada.

É normal que as relações sociais diminuam conforme o envelhecimento, os idosos costumam ter um ciclo de amizade mais fechado. É nessa fase da vida que eles se deparam com situações mais delicadas: aposentadoria, perda ou afastamento de pessoas queridas, as doenças, a perda do corpo jovem e da sua independência, entre outros.

Este é um período de muitas transformações, marcado especialmente por várias perdas e o sentimento de solidão pode ser percebido como o mais agudo pele idoso por ele estar passando por tudo isso, e muitas das vezes sem o apoio ou suporte adequado.

A sensação de solidão pode potencializar certas doenças, além de estimular ansiedade e principalmente a depressão.

Em 2013 um estudo reportou que a solidão pode prejudicar a saúde gerando hormônios estressores e inflamação. Uma outra pesquisa pulicada em uma revista americana especializada, comparou estatísticas de mortalidade e constatou que a solidão é tão prejudicial á saúde quanto fumar 15 cigarros por dia ou ser alcoólico. Recentemente a revisão de 23 artigos científicos levou pesquisadores da Universidade de York, no Reino Unido a concluir que a solidão pode aumentar o risco de doenças cardíacas em 29% e o de acidentes vasculares em até 32%.

Especialistas sugerem que a solidão assim como devem ter efeitos patológicos similares no cérebro.

Existem muitas formas de estimular a convivência na terceira idade, como: fazer cursos, participar de clubes, descobrir um hobby, fortalecer laços familiares, criar um animal de estimação, fazer trabalhos voluntários, praticar atividades físicas e frequentar centros religiosos e de convivência. Essas atividades promovem a melhora da sociabilidade.

A solidão impacta na vida de todos nós e faz mal na saúde dos idosos, mas pode ser evitada.

Isso quer dizer que devemos procurar manter as pessoas conectadas, preservando suas rotinas diárias o máximo possível.

A Autora

Dra. Sarah Melo

A Dra. Sarah Melo é médica formada em clínica geral e especialista em Geriatria. Cursando especialização em gerontologia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, Paraná, e pós-graduação em terapia cognitivo comportamental em idosos.

Compartilhe:

Mais matérias

Oscilando o cérebro

Máquina perfeita, independente e que programa ações e reações, nem sempre por escolhas, mas por seu automatismo real. Nosso cérebro é uma máquina e, como

Envelhecer é natural

No Brasil foi instituído o Estatuto do Idoso em 2003, que classifica como idoso todas as pessoas com idade igual ou superior a 60 anos